sexta-feira, 2 de março de 2012

AEROPORTO DOS GUARARAPES

O Aeroporto Internacional dos Guararapes tem suas raízes históricas com a Segunda Guerra Mundial, quando o único campo de pouso que o Recife dispunha era o parque do Encanta Moça, na ilha do Pina. Logo após a 2a Grande Guerra, começou a desenvolver o transporte aéreo de passageiros em todo mundo. No final da década de 1940 para início dos anos 1950, o Recife passou a Ter grande importância no tráfego aéreo em meio as aerovias do Atlântico/Sul Europa, pela sua importante posição geográfica.
Os aviões internacionais da época não tinham autonomia suficiente para fazer o percurso Europa, em vôo direto a caminho do Rio de Janeiro e São Paulo, sendo forçados a pousar no Recife. As acanhadas instalações do Ibura tornaram-se inadequadas, não suportando crescente demanda no setor.
No início de 1950, foi dado o pontapé inicial das obras de construção do Aeroporto internacional dos Guararapes. Em 18 de janeiro de 1958 é inaugurado pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
A primeira aeronave brasileira a utilizar oficialmente o novo aeroporto dos Guararapes foi um DC-3 da Real Aerovias, conduzindo o presidente Juscelino. Depois das modernas instalações já concluídas, o velho edifício outrora ocupado pelo DAC passou ao domínio da FAB. Naquela ocasião, apenas a KLM tinha seu pavilhão de manutenção construído.
Os trabalhos de construção do Aeroporto dos Guararapes avançaram rapidamente. Apesar do adiantado estado da construção, os serviços tiveram de ser paralisados muitas vezes por falta de verbas.
A pista 14/32, onde mais freqüentemente operavam os aviões comerciais, media cerca de 1.800 metros de comprimento por 40 de largura.
A primeira parte dos trabalhos consistia num aumento de 60 metros no final da pista, onde esperava-se para meados de outubro daquele ano (57), a conclusão dos serviços.
Até aquele mês de outubro, aguardava-se um acréscimo de 260 metros e, antes do final de 1957, mais 60, totalizando em 210 metros acrescentados.
A outra pista de número 18/36 media mais de 1 800 metros e era destinada aos aviões comerciais internacionais e militares. Esperava-se a conclusão dos serviços de reforma dessa pista até o início do ano que viria, quando deveria medir 2 400 metros por 60 de largura. Era a principal pista do Aeroporto e, talvez a de menor movimento.
Ao ser inaugurado o novo Aeroporto Internacional dos Guararapes, voltava-se a falar nos meios aeronáuticos, na vinda da Companhia Espanhola de Aviação (IBERIA) bem como a Alitália e Lufthansa. Essas companhias aguardavam apenas o término dos trabalhos de aumento da pista para operar no Recife.
A TAP foi a primeira empresa estrangeira a reiniciar as operações nos Guararapes. Durante anos, o movimento se compunha quase que exclusivamente de freqüências domésticas e da linha Recife/Lisboa.
A empresa britânica Britsh Caledonian entrou no mercado a partir de 1972. A IBERIA também fez uma breve tentativa de se restabelecer na Região em meados de 1970, abandonando pouco tempo depois. O aeroporto já não oferecia condições para o tráfego dos novos aviões – de grande porte e fuselagem larga (Wide Body).
O aeroporto dos Guararapes conheceu um período de retrocesso em movimento, bem como a diminuição de passageiros e cargas. O movimento doméstico, contudo, cresceu bastante, constituido-se em quase 100% de sua totalidade, após o abandono das companhias internacionais. Daí então, o Recife passou a ser ligado diretamente com a Europa.
Em 1979, precisamente em 24 de janeiro, foi celebrado um convênio entre Ministério da Aeronáutica e Estado de Pernambuco, com a intervenção da Infraero, para desenvolvimento de projetos e execução de obras de reforma.
Vinte e quatro anos após a sua inauguração, a pista foi ampliada e o prédio totalmente reformulado, vindo a ser inaugurado em 1982, com a presença do presidente João Batista Figueiredo.
Depois da reforma, o aeroporto teve sua capacidade bastante superior à antiga, possibilitando o pouso e decolagem de aviões de grande porte, facilitando assim um maior tráfego aéreo internacional.
A partir daí, o setor turístico de Pernambuco torna-se portão de entrada e saída para a Europa e Ásia. A duplicação do fluxo de sua capacidade representa um aumento no movimento hoteleiro e sobretudo nas atividades comerciais do Estado.
Em 1990, o Guararapes sofreu novas modificações, tornado-o mais moderno e confortável. O local ganhou novos balcões de check-in; o saguão público foi climatizado; foi instalada uma sala vip e implantadas novas esteiras de recolhimento de bagagens. Os banheiros ficaram mais amplos e órgãos como a Polícia Federal e Alfândega ganharam alojamento exclusivo. O aeroporto ainda oferece 30 lojas comerciais e as salas de embarque e desembarque foram priorizadas.

CONSTRUÇÃO DO AEROPORTO DÉCADA DE 70


AEROPORTO ATUALMENTE